
Matheus Brasilino
Poética - O Ditador
Atualizado: 12 de set. de 2020
Quando tudo desaba e parece perdido.
Todos desolados, em mais alto deplore.
Vejo sua face, com seu olho entristecido.
E digo: não chore.
Haverá um tempo em que iremos prosperar.
E nem a mais devassa crise poderá nos parar.
Uma era onde a justiça prevalece, e o mal padece.
Eu farei acontecer, juro que farei.
Com minha autoridade, irei restabelecer toda a lei.
E subjugando os corrompidos,
Teremos nosso legado finalmente cumprido.
Um dia terei comigo tanto poder, que até mesmo o mais profano terá de se curvar.
As terras se estremecerão, as montanhas se partirão e o mundo terá a quem o ordenar.
Serei a luz que em meio as ruínas vai resplandecer, o escudo a lhe defender.
E seus olhos recuperarão o brilho, que agora deixastes perder.
Serei capaz de me manter puro, e não me deixar ser corrompido pelo trono?
Serei capaz de vencer a tudo, e não me deixar ser derrotado pelo colono?
Aqueles que me seguirem serão fiéis o bastante?
Serão corajosos e gritantes?
Ou se voltarão contra mim nas vésperas do exorbitante?
Não vou perder, juro que não vou.
Pois sei o que está em jogo.
Nossas memórias de lagrimas e sofrimentos ao fogo,
São o que me recuperam ao todo.
Eles não sairão impunes, juro que não sairão.
Vão sofrer a fúria e potência de um poder absoluto e se esvairão,
Em um ataque resoluto, direto, que os deixará ao chão.
E quando este grande dia chegar, somente então lhe será permitido chorar.
Pois em nossa vitória poderá se lançar, toda emoção que estivera a guardar.
Porque do alto olharemos esse mundo, e teremos novos sinais para crer.
E seus olhos recuperarão o brilho, que agora deixastes perder.